Thursday, February 21, 2008

uma mini abordagem sobre sociologia classica

1.Montesquieu define a lei como sendo “relações necessárias que derivam da natureza das coisas”dessa concepção da lei para o surgimento da Sociologia como uma disciplina científica trouxe implicações epistemológico-metodologico na medida em que o autor tem a intenção de racionalizar a pluralidade de usos, costumes, praticas, instituições, governos que a história oferece ao observador.

Montesquieu entende que a lei, em geral é a razão humana na medida em que governa todos povos da terra, e as leis politicas e civis de cada nação devem ser apenas as coisas particulares em que se aplica essa razão humana elas são portanto relativas a geografia, geologia do pais, o seu clima, raça, costumes, as inclinações aos recursos dos habitantes, elas possuem em fim relações entre si e quanto a sua origem e seu destino é preciso considera-las em todos os aspectos formam elas no seu conjunto o espírito das leis.

Montesquieu pretendia conhecer o conjunto de uma sociedade a variedade de leis em que cada sociedade tem o seu tipo de lei. Há factores na sociedade ( clima, geografia, costumes, clima, etc.) que determinam as suas leis. Não se pode fazer leis que não vão de acordo com a sociedade. Apresenta uma visão determinista segundo a qual qualquer sociedade é determinada por vários factores que podem ser natureza político, económico, físico, social e não se deve estabelecer leis universais visto que cada sociedade tem as suas próprias leis.

Montesquieu rompe com a visão divina na medida em que cada ser é movido pelas suas próprias leis, cada sociedade tem as suas leis. Pretende conhecer a forma como os homens estabelecem as leis, procura compreender os fenómenos a partir de suas próprias perspectivas, cada sociedade deve ser orientada pelas suas próprias leis através das suas características é uma forma positiva de ver a realidade. Montesquieu diz que o problema mais abstracto num nível mais elevado de generalidades o problema das leis nas sociedades ou o tipo de regime político partindo da noção abstracta da sociedade monárquica

Montesquieu pergunta qual a lei de que esta sociedade pode revestir porque ela se reveste aqui de uma forma e em outro lado de outra forma. Montesquieu usa dois métodos sociológicos sendo que um leva ao retrato de uma colectividade singular e outro coloca o problema histórico abstracto de um certo tipo de sociedade procura tornar inteligível os acontecimentos, Montesquieu procura seguir o curso dos acontecimentos sem suprimir o que acontece num determinado conjunto o encontro de sérios contingentes ou de decisões tomadas por indivíduos e que se podem facilmente conceber da outra forma.

Sabendo o que o objectivo da Sociologia é o porquê das diferenças do comportamento humano entre os grupos sociais no seu contexto ou forma social, a verdade sobre o porquê como os indivíduos agem dentro de vários grupos e sociedade. Ora Montesquieu interessa-se em estudar o porquê do comportamento humano devido a influência dos factores geográficos, climático, político, costumeiros, etc. Evitando dessa maneira a generalização o que foi muito importante para o surgimento da Sociologia.

2.A democracia na óptica de Tocquiville é aquele que consiste na igualização de condições para todos os indivíduos. E o facto politico um acontecimento que ocorre numa dada sociedade onde não há distição de ordem e classe, isto é, todos os indivíduos que compõem a sociedade são socialmente iguais o que não significa que sejam intelectualmente iguais.

Para o estudo do contexto politico moçambicano nos basearemos seguintes critérios, situação geográfica e histórica de Moçambique, as leis e hábitos costumes. A localização geográfica de Moçambique aliada a historia influenciou muito no que esse pais é actualmente, o seu povo fora durante 500 anos de colonização oprimidos pelos colonos e que chegaram a praticar actos desumanos para com os moçambicanos. Onde a maior parte do povo recorda com a angustia e dor o trabalho forçado aliado ao xibalo, juntando aos reinos e estados ante então existentes no pais onde cada estado, reino defendia os seus interesses, aliado a localização geográfica do pais.

Visto que os países do interior tinham Moçambique como o seu único meio de acesso ao mar, bem como as guerras de desestabilização pós independência levadas a cabo por países vizinhos que não queriam o pais livre estes factores juntos criaram um temor no seio da sociedade moçambicana duma parte o que justifica a militarização do pais e a consequente adopção do comunismo marxismo perante esta conjuntura é suficiente ver que o campo para se estalar uma democracia ainda não estava criado, estes factores influenciaram ao governo do então para que não adoptasse a democracia e esta vem como consequência do fim da Guerra de desestabilização.

Isto, devido ao interesses de alguns países em ter dividendos com o fim da Guerra ia constituição moçambicana prevê de que todos indivíduos são iguais perante a lei, tem os mesmos direitos e de oportunidades ora a lei moçambicana esta no papel visto que na realidade há os chamados libertadores da pátria, se quiser os que conquistaram a independência, a lei para eles não existe, ou melhor intitulam-se os donos da lei, isto tem haver com as condições criadas logo apôs a liberalização da economia moçambicana, indo mais ainda, aos hábitos, costumes e crenças sem os quais não haveria liberdade, a democrática proporciona a salvaguardar a liberdade. Pois a constituição de um pais democrático permite que as nações vivam em segurança e sem ameaça de forças, externas a democracia preconiza a separação dos poderes judiciário, legislativa e executivo.

Ora, em Moçambique isto esta no papel mas na realidade não acontece visto que há uma intromissão do chefe do Estado em todas estas instancias na medida em que é ele quem da as ordens, isto nos remete a aquilo que podemos apelidar de democracia aparente em que se mostra o lado da ilusão apesar de tudo há factores que nos dão um “cheirinho” da democracia tais com a pluralidade dos partidos que discutem os problemas da sociedade, a liberdade de associação e da impressa, como a participação de todos moçambicanos maiores de 18 anos na escolha dos governantes e o exercício da autoridade e da expressão lógica os torna uma sociedade democrática e igualitária.


3. Durkheim afirmara que ”com efeito, os grandes sociólogos (...) quase não passaram das generalidades sobre a natureza das sociedades, sobre as relações do reino social e do reino biológico, sobre a marcha geral do progresso; mesmo a volumosa Sociologia de Spencer, só tem por objectivo mostrar como a lei da evolução universal se explica as sociedades” na medida em que Herbet Spencer na sua concepção equipara a sociedade a um organismo biológico cujo crescimento é expresso pelo aumento da sua massa. Este crescimento dá origem a complexidade da estrutura, aparece neste processo uma nítida interdependecia entre as partes, a sociedade é um organismo porque os organismos vivos e a sociedade apresentam um aumento de massa tão notória que podemos justificadamente considerar que se trata dum fenómeno social característica de ambos.

A diferencia entre o organismo vivo e a sociedade é a que as partes dum animal formam um todo concreto enquanto que na sociedade as partes formam um todas discretas, as unidades vivas que constuem, a primeira estão estritamente ligados as que constituem a segunda estão livres desligadas e mais ou menos dispersas. Spencer observa que a sociedade tal como o próprio organismo biológico tem maior longevidade que qualquer uma das partes.

A divisão fisiológica do trabalho é aquilo que faz duma sociedade tal como dum animal um organismo vivo. Da conjugação dos princípios básicos chega-se a formulação de uma lei geral, segundo qual a evolução de todos corpos passa de um estagio primitivo, caracterizado pela simplicidade da estrutura e pela homogeneidade da estrutura, os estágios de complexidade crescentes, caracterizadas por uma heterogeneidade progressiva das partes, acompanhadas por novas maneiras de integração.

Durkheim veio a criticar Herbet Spencer, primeiro porque Durkheim preconizou o estudo dos factos sociais como coisa, através de regras de rigor científico, determinou o seu objecto, próprio dos estudos sociológicos e da sua metodológicos. Na sua primeira obra combate algumas ideias de Spencer e enuncia dois princípios básicos consciência colectiva e solidariedade mecânica e orgânica. Sendo a consciência colectiva a soma de crenças e sentimentos comuns a media dos membros da comunidade, formando um sistema autónomo, isto é, uma realidade distinta que persiste no tempo e une as gerações.

Durkheim defende ainda que existe em cada individuo duas consciências a colectiva e a individual, a primeira predominante, compartilhando com o grupo a segunda peculiar ao individuo. Para e ao contrario de Spencer a medida que a sociedade se torna mais complexa e a divisão de trabalho e as consequentes diferenciações, esses indivíduos levam a uma independência cada vez mais crescente das consciências. E a solidariedade mecânica é originada pelas semelhanças entre os membros individuais.

Aqui a manutenção dessa igualdade indispensável a sobrevivência do grupo dependerá da coerção social baseada a consciência colectiva a qual deve ser severa repreensiva. Para ele o principio da divisão de trabalho é baseado na diversidade das pessoas e dos grupos opondo-se directamente a solidariedade por semelhança.

4. Primeiro dizer que pré histórico é aquele que designa um estudo diacrónico do material cultural de povos anteriores ao aparecimento da escrita. O pré histórico da Sociologia refere-se ao período em que a ciência era feita pelos sacerdotes, sendo assim, podemos considerar que antes de Comte a sociologia vivia a sua fase pré histórica, visto que toda a interpretação social era baseada na visão teológica com Deus provedor. De notar que esta sociedade tinha por um lado uma figura do corpo teológico que direccionava a sociedade por um pensamento baseado no poder temporal que preconizava guerras entre nações. Sendo Comte o homem do seu tempo vai observando o que acontecia na sociedade, propõem uma a viragem no modo de ver o mundo isto é, uma forma positiva, propondo a substituição da ordem militar e teológica pela dos cientistas e industriais na sociedade capitalista é justo dizer que antes de Comte a sociologia não existia entanto como a concebe Comte, pois que ela antes era teológica, a sociedade era caracterizada por teológico e militar.

De salientar que Comte ao observar as contradições que iam se agudizando, afirmara que uma sociedade a teológica estava em vias de desaparecer outra sociedade a científica assumiria o lugar da antiga onde dominava a teologia. podemos afirmar que Comte é o pai da Sociologia graças aos seus contributos.

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